terça-feira, 5 de janeiro de 2010

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Não foi como planejei
- Sorria 8
Dia de estreia - Sorria 9

Valor agregado

Carregados de história e estilo, roupas, livros e móveis antigos podem ser uma maneira divertida e barata de contribuir com a natureza e dar um toque de exclusividade em seu dia a dia

texto: Camila Gonçalves e Talita Xavier

Reutilizar. O que você pensa quando lê essa palavra, apontada como uma das chaves para salvar o planeta? Para o caçula que herda as roupas surradas do irmão mais velho, é um pesadelo. Para o funcionário que aproveita as folhas impressas para rascunho, é um pequeno sacrifício que não custa nada. Para a dona de casa que guarda o pote de sorvete e nele congela a sobra do almoço, é até prático. Mas nada mais que isso.

Agora, será possível que alguém se dedique a comprar objetos usados por prazer? Sim, e não sã poucos. Por meio de heranças e divertidas procuras em milhares de lojas, sites, feiras e bazares informais espalhados pelo país, eles provam que essa é uma ótima maneira de adquirir produtos cheios de estilo, muitas vezes por preço mais baixo e qualidade superior aos equivalentes recém-fabricados.

Moda atemporal

Uma chance de entrar em contato com outro tempo, quando a moda das ruas ia além da dupla calça jeans e camiseta. É assim que a produtora Claudiana Cabral, de 27 anos, encara seus frequentes passeios pelos diversos brechós de São Paulo. Afinal, quem não se lembra dos anos 1950, por exemplo, ao ver um vestido de bolinhas? E uma calça boca de sino?

É uma caça ao tesouro”, afirma, empolgada. Uma oportunidade de exercer a criatividade e renovar o guarda-roupa com itens exclusivos sem gastar muito. Cuidadosa, Claudiana presta atenção em cada detalhe das roupas: rendas, laços, cortes e tecidos. “Fico muito feliz quando encontro uma peça bonita que remete a outras formas de viver a vida, produzida com riqueza de detalhes”, explica.

Enquanto revira as araras, ela vai pensando em como dar seu toque especial às composições. A graça é combinar peças antigas e atuais, para formar um figurino único. A exclusividade dos produtos, que é uma das grandes atrações dos brechós, também tem seu lado ruim. O que fazer quando o único exemplar disponível não é do tamanho certo ou está com algum defeito? Para esses momentos, Claudiana ensina: é sempre bom ter uma costureira de confiança à disposição. “Inúmeras vezes me apaixono por modelos que precisavam de algum reparo. E não deixo de levar para casa. Quando vou encontrar outro igual?”, avalia.

Lar cheio de história

Quem entra na casa do historiador Thiago Majolo, de 28 anos, não deixa de reparar: a mesa de centro de sua sala é um charmoso baú. Se você perguntar onde ele arranjou o móvel, vai ter conversa por um bom tempo: “Meu avô o trouxe de Portugal, quando deixou o país fugindo da ditadura de António de Oliveira Salazar, que durou dos anos 1930 aos 1960”... e por aí vai.

A mania de mobiliar a casa com peças usadas começou quando Thiago estava na faculdade e decidiu morar sozinho. Sua irmã estava se desfazendo de alguns móveis e os repassou para ele. Da casa dos pais também vieram alguns objetos, ainda em bom estado, que corriam o risco de ser jogados fora por causa do desuso. Com criatividade, ele deu cara nova às peças. Um porta-CD, por exemplo, virou uma prateleira para os copos. E algumas mesinhas foram cobertas por almofadas para tornar-se bancos.

Morador de São Paulo, ele adora passear pelas feiras de antiguidades, comuns nas grandes cidades. “Vasculho peças às quais posso dar novos usos, como objetos de decoração que viram pesos de papel”, diz. Outra paixão são os lustres de antigamente. “Alguns são teoricamente bregas, multicoloridos, mas é assim que eu gosto!”, diverte-se.

Surpresas entre páginas

Foi por volta dos 12 anos que Luís Mauro Sá Martino começou a gostar de literatura. Como a mesada era curta, ele acabou descobrindo outra paixão: os sebos.“Eram várias obras a preço muito baixo. Tudo de que eu precisava”, recorda-se. Hoje, aos 31 anos, o jornalista e professor mantém uma tradição: todo o primeiro dia de férias é dedicado a visitar as lojas de livros usados do centro de São Paulo. Tal garimpagem é responsável por cerca de metade dos 6 mil livros de sua biblioteca particular.

Os sebos são especialmente úteis quando Luís precisa encontrar obras esgotadas que o ajudem nas aulas. “Já achei diversos títulos raros a preços baixíssimos”, lembra. Nos cantos das páginas dos livros teóricos, muitas vezes ele encontra anotações feitas pelos antigos donos, que tornam o exemplar único.“Às vezes, as notas contêm raciocínios tão interessantes quanto o texto original. Nesses casos, é como levar duas obras pelo preço de uma”, diz.

Outros tipos de lembranças esquecidas entre as páginas também lhe chamam a atenção. Luís já encontrou cartas de amor, fotografias e várias dedicatórias de primeira página. “Essas lembranças são parte do livro. Quando encontro uma carta, por exemplo, deixo-a onde está”, diz.

Se quer se desfazer de um livro, nada de jogar fora. “Sempre doo. Não costumo me envolver com o objeto, mas com a história que ele conta, e espero que seja útil para outras pessoas”, garante. Assim, o ciclo não se fecha.


Publicado em: Sorria 11


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Eu quero ser mascote!"

Em 1985, Diogo Oliveira nasceu e ganhou um macacão do Corinthians. 31 de Dezembro de 2006, nasce Bruno, filho de Diogo, e um pequeno macacão do mesmo time já estava preparado, esperando o garoto chegar. É a quarta geração de fiéis torcedores. O garotinho tem um ano e dois meses e já grita "GOL!" quando assiste aos jogos pela televisão.

O amor pelo futebol passa de uma geração a outra. O pai já quer que o filho seja mascotinho, que entre em campo com o time. Sonha até em ver o menino jogando com a camisa corinthiana. Ele tem certeza que, se o pequeno tivesse que escolher sozinho, também optaria pelo "Timão", por amor ou por temor.

Quando o menino tiver por volta de 5 anos de idade, já acompanhará o pai nos estádios. Vai entrar como mascotinho e depois ver o jogo da arquibancada.

Na torcida

Segundo Igor Amorim, do departamento de comunicação do São Paulo, para entrar em campo como mascote, é preciso ter de 5 a 10 anos e, no máximo, 1,50m de altura. Também é importante estar com o uniforme completo. Mas, deve chegar uma hora antes e esperar no portão 1, o principal. A criança será identificada e o responsável deve aguardá-la no mesmo local.

Quando a criança for para o estádio, o lugar mais seguro são as cadeiras superiores e inferiores. De acordo com Amorim, este lugar é ideal para a garotada ver o jogo, o público nestes locais é tranqüilo.

Em São Paulo, se toda a família quiser assistir à partida, a Federação Paulista de Futebol (FPF) criou em 2004 uma promoção especial, é o Torcedor Família. Para participar é simples. A compra de um ingresso para o Setor Família dá direito a uma pessoa mais uma acompanhante e até três crianças de 5 a 12 anos. Tudo isso pelo mesmo preço de um bilhete para a arquibancada. É importante lembrar que os Ingressos Família são limitados. Os interessados devem se informar no clube que vai sediar o espetáculo.

A cada rodada, um jogo é escolhido e um fotógrafo registra cenas de pais e filhos no estádio. As fotos ficam para download no site da FPF e servem como recordação.

Direito

Quem vai ver os jogos tem direitos assegurados por lei. Criado em 2003, o Estatuto do Torcedor garante algumas coisas dentro e fora do estádio.

O documento diz que é obrigatório haver segurança onde é sediado o jogo, antes, durante e após a partida. Banheiros limpos, transporte seguro e assistência médica local. Para cada 10 mil torcedores é preciso ter uma ambulância, um médico e dois enfermeiros. Por exemplo, em um estádio como o Pacaembu, com 40.260 torcedores, são necessárias quatro ambulâncias, quatro médicos e oito enfermeiros.


Segurança

O Major Carlos Botelho, do 2º Batalhão de Choque, afirma que a maioria dos conflitos acontece nos arredores do estádio. Quando for levar as crianças é bom tomar cuidado, principalmente em jogos clássicos. As torcidas marcam brigas pela internet, trocam xingamentos e atiram objetos.

O Major deu as seguintes dicas:

• Só mostrar a camisa do time quando estiver na área da torcida;
• Se dirigir ao estádio com pelo menos duas horas de antecedência;
• Quando chegar, entrar imediatamente;
• Não ficar na entrada ou na área de alimentação;
• Andar somente pelas ruas de acesso indicadas pela polícia;
• Se ocorrer conflito em local lotado, não corra,
Ao correr alguém pode cair e ser pisoteado;
• Em caso de ferimento, procure a polícia ou o atendimento médico local.


Fontes:
Diogo Bruno de Oliveira - Pai de Bruno e Estagiário de Produção do SBT;
Major Carlos Botelho - 2º Batalhão de Choque da PMSP;
Igor Amorim - Auxiliar de comunicações - SPFC;
Federação Paulista de Futebol;
Estatuto do Torcedor.


Publicado em: Guia da Semana

Compra! Compra! Compra!

Lei que proíbe publicidade voltada ao público infantil acende debate sobre
ética na propaganda


"A maior violência que se faz com a criança é a truculência da publicidade". É assim que a psicóloga Ana Cristina Olmos comenta a maneira como são veiculadas a propagandas destinadas aos pequenos. Os comerciais são feitos para persuadir, mas, falar com o público infantil é uma tarefa que exige delicadeza e muito cuidado.

A criança ainda não tem noções claras do limite entre realidade e ficção, para ela, o que está na televisão é verdade, assim como seus sonhos e outras histórias do cotidiano. Além disto, ela não sabe diferenciar o conteúdo de um programa daquilo que é publicidade.

De mentirinha...

De acordo com a psicóloga Beatriz Ottero, até aproximadamente sete anos, a criança não tem noção crítica da realidade, a partir desta idade esta estrutura começa a se formar, porém, só atinge a maturidade por volta dos 12 anos. "A propaganda passa noções falsas de necessidade. A pessoa sente falta mesmo de objetos que não são essenciais", os adultos ainda conseguem rejeitar esta idéia, porém os pequenos ainda não têm o senso crítico necessário para descartar a mensagem. Assim, se sentem inadequadas e passam por sofrimento e infelicidade quando não ganham aquilo que almejam.

Sobre a questão, os pais devem ficar atentos, pois isto pode ter conseqüências na vida adulta. Quando a criança não sabe o que realmente é necessário, tem dificuldade em estipular objetivos claros, deste modo, não aprende a buscar independência e autonomia.

Além disto, de acordo com a psicóloga Ana Cristina Olmos, o principal efeito da propaganda nas crianças é no que diz respeito à formação da identidade, pois vende a falsos padrões e conceitos que fazem a criança se ver excluída de certa classe, "a propaganda mostra um padrão que não existe, que um ser humano nunca vai se sentir à altura. Sentirá vergonha por ser diferente. No início da vida, estes efeitos são mais profundos".

Não é só isso

De acordo com estudos, a exposição ao conteúdo televisivo tem efeitos negativos na criança, pode levar a problemas, como obesidade e erotização precoce. O primeiro porque mais de metade das propagandas voltadas ao público infantil é sobre alimentos. Já o segundo, está relacionado com a maneira que mulheres são apresentadas. Em seu desenvolvimento, a criança precisa de figuras para seguir, ao ver modelos sedutoras em propagandas, tende a imitar este comportamento.

Solução

Os pais precisam agir, o exemplo começa dentro de casa. De acordo com Isabela Henriques, coordenadora geral do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, é importante que a família faça programas que não envolvam mídia, como passeios ao ar livre e contação de histórias. Também é fundamental que os pais falem o verdadeiro significado das celebrações, por exemplo, mostrar a tradição dos ovos de páscoa e qual é a história do Natal. Aliás, sobre o assunto, a organização disponibiliza em seu site publicações com outras dicas para os pais.

Este programa existe para discutir as relações entre infância, consumo e mídia, além de incentivar o estudo sobre o tema e ainda fazer manifestações em prol de projetos de lei que controlem a publicidade voltada às crianças.

Vai demorar

Em 2001, um projeto legal foi enviado para a Comissão de Defesa do Consumidor, sete anos depois, passou por esta instância, mas precisa ser aprovado outras etapas e ainda pode sofrer alterações. Esta lei visa proibir qualquer material publicitário destinado a crianças.

No Brasil, ainda não há regimento específico sobre o assunto, no que diz respeito à publicidade e direitos da infância, a legislação brasileira tem textos que dão margem a diversas interpretações sobre quais são os limites da propaganda.

Preocupação

Para Andrew dos Reis, dono de uma agência publicitária, a lei que proíbe qualquer comercial voltado para crianças é exagerada. Porém, o publicitário concorda que é preciso ter cuidado ao fazer um anúncio que vise chamar a atenção dos pequenos, "a imagem é voltada para crianças e o texto é feito para os pais", ele ainda ressalta que o mais importante para manter a ética é não usar meios apelativos, ou seja, buscar atrair o consumidor pelo lado emocional.

O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) tem um código de conduta sobre onde há um parágrafo especial para os pequenos: Quando o produto for destinado à criança, sua publicidade deverá, ainda, abster-se de qualquer estímulo imperativo de compra ou consumo, especialmente se apresentado por autoridade familiar, escolar, médica, esportiva, cultural ou pública, bem como por personagens que os interpretem, salvo em campanhas educativas, de cunho institucional, que promovam hábitos alimentares saudáveis.

Protegendo a cria

Se algum pai sente que seu filho está sendo lesado de alguma forma por certa propaganda, pode encaminhar denúncia para o Ministério Público, PROCON, Ministério da Justiça, Conar ou até mesmo alguma instituição, como a ALANA. A organização recebe queixas e transforma a revolta dos pais em ações civis públicas, com embasamento em leis e estudos.

Sobre o assunto, a Brinquedos Estrela, maior fábrica do setor no Brasil, alegou que a Fundação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) não aconselha seus membros a se pronunciarem sobre o tema, já que a lei não foi efetivamente aprovada. Por sua vez, procurada pelo Guia da Semana, a ABRINQ diz não haver posicionamento oficial neste assunto.


Fontes:Ana Olmos
Psicanalista da Infância e Adolescência -

Andrew Dos Santos
Publicitário
Dono da agência Gimmick

Beatriz Ottero
Psicóloga Infantil
Clínica Elipse

Isabela Henriques
Advogada
Coordenadora do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana
Publicado em>: Guia da Semana - Matéria para o Canal Crianças

Shantala, a importância do toque

Enquanto andava pelas ruas de Calcutá, o obstetra francês Frédérick Leboyer viu uma jovem mãe massageando o filho e pediu que ela lhe ensinasse a técnica. Para registrar o momento, Leboyer fez anotações e tirou foto. Esta massagem é parte da tradição cultural indiana e até então não tinha nome, chegou ao ocidente como Shantala, nome da mulher fotografada.



Originalmente, a Shantala deveria ser realizada pela mãe em sua criança e visa, através do contato físico, estreitar os laços afetivos. O primeiro elo emocional que constituímos é feito pelo modo como somos tocados, assim é iniciada a base para as nossas futuras relações. O tato é o primeiro sentido formado e o único que não se altera com a velhice. É o começo da ligação de uma pessoa com o mundo.
















A massagem, além de aliviar o relaxar a musculatura, auxilia a respiração, circulação do sangue, digestão e o fluxo de ondas cerebrais. O sono melhora, as cólicas diminuem e a prisão de ventre também. O bebê se sente mais seguro e descobre o próprio corpo.



A pesquisadora Tiffany Field do Instituto de Pesquisa do Tato, na Escola de Medicina, Universidade de Miami, escreveu um livro chamado Touch, Toque, em português. Nele, ela afirma que bebês com dez semanas de vida, que recebiam massagens de suas mães, tinham menos doenças e diarréias. Field também diz que a massagem facilita o ganho de peso em prematuros, aumenta a imunidade e reduz dores.




Durante a massagem indiana, através de movimentos lentos e suaves compressões e alongamentos, todo o corpo do neném é estimulado. Os movimentos são em locais precisos e com pressão controlada. Segundo a fisioterapeuta Denise Gurgel Barbosa, "Shantala é uma forma dos pais transmitirem amor através das mãos para os bebês". Apesar de a tradição falar que apenas a mãe deveria participar deste momento, Barbosa afirma que é muito importante a interação do pai com seu filho, afinal, ele tem menos contato com a criança. A fisioterapeuta sabe que talvez os familiares não tenham tempo para fazer a Shantala, mas salienta que uma outra pessoa, por exemplo, uma babá, deve fazê-lo para melhorar a qualidade de vida do bebê. Mas, neste caso, os benefícios serão apenas físicos.




Instruções



É indicado começar a massagem depois que o umbigo está cicatrizado e a pele já descamou, por volta de um mês de vida. Não há restrição com relação a crianças mais velhas, porém, o maior benefício para elas seria apenas a ligação afetiva. Nos bebezinhos, é melhor começar cedo, ainda no primeiro mês. Assim, eles apresentam menos resistência e se adaptam com mais facilidade.



Para massagear o bebê, é preciso sentar no chão com a coluna ereta, passar algum óleo vegetal nas mãos e apoiar o neném sobre suas pernas. Uma música calma também pode ajudar. É importante manter a criança aquecida e o ideal é que o processo seja realizado uns 40 minutos após as refeições, desse modo, ele não estará com fome ou de o estômago cheio. Para finalizar, o bebê precisa tomar um banho morno, manter todo o corpo imerso e só o rosto acima da água.




Atenção



A fisioterapeuta avisa que a Shantala não é indicada quando o bebê está com diarréia, febre ou acabou de tomar vacina, pois ela estimula sistema digestivo e altera a circulação do sangue.






Fontes:

Touch, Tiffany Field, MIT Press, 2001

Universidade de Miami - Pesquisa do Tato

Denise Gurgel Barbosa, fisioterapeuta -
www.cursoshantala.com.br/

http://www.criancaemfoco.com.br


Publicado em: Guia da Semana



As novidades da Disney

Conheça o que a gigante do entretenimento preparou para a garotada


A Walt Disney Co. mostrou para a imprensa seus projetos futuros. Entre os filmes há novidades, seqüências e relançamentos. O Guia da Semana seleciou alguns destaques.

Wall-E é o grande lançamento deste ano e deve estrear em 27 de junho. O enredo mostra a Terra destruída e suja, os humanos tiveram que migrar para outro lugar e deixaram o robô Wall-E solitário compactando todo o lixo que se acumulou no planeta.

Depois de passar muito tempo sozinho, a máquina desenvolve sentimentos e é capaz de se emocionar. Certo dia, a robô Eva desembarca no planeta abandonado e desperta o amor no solitário robozinho.

Para os maiorzinhos

A franquia High School Musical chega a seu terceiro filme e encerra seus anos de colégio com a formatura, em HSM 3 - Senior Years. Uma versão brasileira do filme é aguardada para o final de 2008 ou começo do próximo ano. O roteiro está em fase de adaptação. A pré-seleção já está finalizada e 6 atores se destacaram, agora, só é preciso definir quem serão os protagonistas.

Fora das telas, em julho a galera do colégio passa por aqui com o HSM-3 Ice Tour, espetáculo com bailarinos patinando sobre o gelo. Aliás, os pequenos também podem se divertir com patinadores e seus personagens favoritos, mas em Disney On Ice, que chega ao Brasil em agosto.

Já em fase de produção, o primeiro filme Hannah Montana deve ser lançado em 2009. O elenco conta com os principais atores da série e promete ser um sucesso, já que a personagem vivida por Miley Cyrus tem grande audiência na programação do Disney Channel.

Bichinhos

Entre as promessas para este ano, duas produções trazem cães. A animação Bolt - Um Cão Fora de Série conta a história do cachorro que protagoniza um programa de televisão e acredita ser um super-dog com poderes mágicos. A voz do cão ficou por conta de John Travolta

Bervely Hills Chihuahua deve chegar aos cinemas em novembro e traz Chloe, uma cachorrinha de madame que é levada para o México onde se mete em diversas enrascadas ao tentar voltar para sua confortável casa. Quem dubla Chloe é a atriz Drew Barrymore, mas o filme traz também Jamie Lee Curtis, Andy Garcia e Salma Hayek

Animações

Carros, franquia que faz muito sucesso com os meninos, já tem seqüência programada para 2012. Por sua vez, Toy Story 1 e 2 voltam aos cinemas em versão 3-D, porém, a aposta dos estúdios Disney para 2010 é a terceira parte da trama dos brinquedos que se metem em aventuras.

Para as garotinhas, Tinkerbell é o lançamento da série Fadas. Desta vez, Sininho, que ganhou fama ao "estrelar" a animação Peter Pan, protagoniza um novo conto lançado apenas em DVD e Blue-Ray.

Já o clássico A Bela Adormecida comemora 50 anos e ganha versão restaurada. Em outubro deste ano, a princesa também chega em formato DVD ou Blue-Ray e conta com cores mais vivas e som surround de até 7.1.

Televisão

Camp Rock é a aposta do Disney Channel para este ano, com estréia prevista para julho de 2008, a série segue a fórmula de High School Musical e traz muitas canções e danças, mas, como bem diz o nome, o enredo se desenvolve em um acampamento ao som de rock. As estrelas da série são Joe, Nick e Kevin, do grupo The Jonas Brothers, e a promessa teen Demi Lovatto.

Os já veteranos Power Rangers continuam sua saga, a 16ª temporada é Jungle Force e chega às telinhas em 2009. Exibida desde 1993, segundo os executivos da Disney, a série continua a ter grande sucesso com a molecada.

O dia inteiro só para os pequenos

A grande novidade é a estréia do canal Playhouse Disney, a atração do Disney Channel vira um canal à parte com 24 horas de programação infantil dedicada para crianças em idade pré-escolar.

Além das atrações que já fazem parte do programa Playhouse, como A casa do Mickey e Mini Einsteins, a programação ainda trará novos desenhos e programas. Com o acervo repleto de novidades, a emissora não tem planos de trazer de volta às telinhas clássicos, mas sim, mostrar as mais recentes produções.

No começo de junho o canal começa na Argentina, mas, para ter a sua exibição no Brasil, ainda é necessário firmar algumas parcerias, com, por exemplo, as operadoras de tv a cabo.

O show tem que continuar

Problemas na alfândega atrapalham estréia do Holiday On Ice




Depois de 12 anos sem excursionar pelo Brasil, um dos maiores espetáculos da Terra enfrenta dificuldades para mostrar sua magnitude na apresentação de estréia.


Holiday on Ice - A Volta Ao Mundo em 80 Minutos deveria acontecer na quinta, 3 de Abril, mas foi adiado devido a um congestionamento de caminhões na fronteira do Rio Grande do Sul. O imprevisto prejudicou a montagem do cenário a tempo da primeira apresentação.


Números


O espetáculo se apresenta há 65 anos e já foi visto por mais de 300 milhões de pessoas em 620 cidades. Para excursionar, leva duas pistas de gelo com 34 toneladas, 20 contêineres de 12 metros cada, dos quais três são apenas para roupas.


A montagem de todo o aparato demora quatro dias, porém, partes do cenário foram descarregadas às pressas poucos minutos antes do horário no qual estava marcado o show.


Espetáculo


Enquanto a produção acerta os últimos detalhes, Diego "Alemão", vencedor do Big Brother Brasil 7, conversa com a platéia por cerca de 30 minutos.


Mas, a magia se faz quando as luzes se apagam e começa a tocar o clássico tema dos desenhos da Warner Bros. Vovó entra acompanhada de seu passarinho Piu-Piu e começa a contar a história de A Volta ao Mundo em 80 Dias, o canário pega no sono e sonha com uma competição onde o objetivo é dar a volta ao mundo em 80 minutos.


Pernalonga, Patolino e toda a turma correm para ver quem ganha o torneio, que começa pela Brodway e vai até a França. O Brasil também não fica de fora, Pernalonga coloca uma saia de bananas, brinca de Carmen Miranda e todos caem na folia ao som de bossa nova, samba e conga.



O espetáculo passa por nove países. Tem desde tiroteio no Texas até programa romântico na França. Os pontos altos acontecem na China, onde um dragão brilha no escuro e dança encantando a platéia. Na Índia um elefante desliza acompanhado de dançarinas e na Rússia, bonecas gigantes guardam bailarinas e um casal de patinadores artísticos voa sobre o gelo.


Durante todo o espetáculo, as crianças na platéia ajudam Vovó a proteger seu canário do gato malvado, Frajola. Toda vez que o gato se aproxima do passarinho, a garotada grita "Vovó". A velhinha ouve o chamado e entra no palco para ensinar uma lição ao gato comilão.


No final das contas


Se por um lado estes imprevistos tiram o brilho do show, por outro eles dão mais verdade ao espetáculo. Não há muitos aparatos, apenas a iluminação e sonoplastia, mas, a magia depende inteiramente do talento de patinadores e bailarinos, que precisam encantar o público e fazer jus a fama que têm seus personagens.